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A playlist do tempo

  • Writer: staccato
    staccato
  • Nov 8, 2019
  • 2 min read

Updated: Nov 9, 2019

Há umas décadas, os adolescentes poupavam para comprar os seus primeiros discos de vinil. Hoje, abrem o Spotify inúmeras vezes por dia para ouvir música.


A grande aparelhagem da sala deu lugar ao smartphone e aos auscultadores para chegar às aulas ao som dos artistas preferidos. O disco não pára de girar e a playlist não pára de tocar. Nada permanece inato. A sociedade altera, a música muda e a forma como se unem tem-se também alterado ao longo das décadas. É sobre isso que falamos hoje. 


Se o relógio recuar 40 anos, leva-nos ao testemunho de João Nascimento, professor de música, que nos conta um pouco da sua história e da realidade musical que se fazia sentir na época. Os grandes êxitos chegavam-lhe através dos gira-discos, mas nem todas as pessoas tinham possibilidade de os adquirir. “Ouvia-se música em conjunto, em partilha e celebravam-se momentos em felicidade. A informação era escassa e restrita”, refere. 


As primeiras bandas de rock portuguesas começam a surgir no início dos anos 80. Até aqui, os artistas estavam preocupados com a venda de cassetes ou com a gravação de mais um álbum. Hoje, os músicos esgotam salas de espetáculos e facilmente dão um concerto. Esta nova realidade é fruto da sociedade de informação e do consumo. Tudo o que nos chega agora é através do digital e, em entrevista à professora Paula Cordeiro, partilhou-se que se há 20 anos se esperava bastante tempo pelo lançamento de um álbum novo, hoje, tudo se encontra no youtube rapidamente.


Numa época em que o número de músicas a nascer todos os dias é maior, Paula conta-nos que “muita coisa mudou, mas o gostar de música e o querer partilhá-la continua a existir. O que mudou foi a forma como o fazemos”. Em vez de gravar uma cassete e divulgar com os amigos, com um só click conseguimos partilhar a música com quantas pessoas quisermos. 

Dos grandes discos de vinil ao digital, a forma como consumimos música tem acompanhado a evolução tecnológica.


A playlist do tempo não pára. Qual será o próximo hit? Como iremos ouvir música daqui a 10 anos? A cultura musical está a perder-se ou apenas a transformar-se?

Agradecimentos: Professor João Nascimento & Professora Paula Cordeiro


Beatriz Duarte, Catarina Cascabulho, Inês Ferreira & Inês Mestre


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