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Fado, o que escondes em ti?

  • Writer: staccato
    staccato
  • Dec 6, 2019
  • 2 min read

Crescemos numa “Casa Portuguesa” a ouvir a “Gaivota”, em “Lisboa, menina e moça” ou em qualquer outra cidade de Portugal. Embora vivamos num país rico em tradições e com um sotaque diferente ao virar de cada esquina, a verdade é que há algo que nos une, o Fado. É já com uma ponta de saudade portuguesa que o homenageamos esta semana. 


Fomos até ao Casino de Lisboa, no dia 25 de novembro, para ouvir Cuca Roseta, num dos concertos que compõe o cartaz da Arena Live 2019. O percurso da fadista começou no coro dos Salesianos e tem sido marcado por grandes sucessos. Fundou a banda “Os Toranja” juntamente com o artista Tiago Bettencourt e, em 2006, participou no Festival RTP da canção, com o tema “ As minhas guitarras”. Hoje, prepara-se para lançar mais um álbum, que estará disponível já no início do próximo ano.


A fadista portuguesa subiu ao palco e, entre homenagens ao grande nome de Amália Rodrigues e às várias regiões do nosso país, fomos presenteadas com um solo de guitarras portuguesas e uma voz doce, mas poderosa. Porque o Fado não é só um. Não é uma só voz. São guitarras portuguesas, sentimentos, memórias e alma... a alma de ser português. Cuca Roseta não deixou indiferentes aqueles que a admiraram e se reviram nas suas letras. A sua presença em palco é incrível, bem como o contacto visual que estabelece com o público e a ligação com os músicos que a acompanham. A forma como dança e sente cada palavra cantada é apenas o reflexo da paixão por aquilo que faz.


Durante o concerto foi possível ouvir temas que fazem parte dos grandes sucessos da artista, mas Cuca Roseta também nos presenteou com novos temas, entre os quais “Amor de Domingo”.


O seu fado e a sua música são ligeiramente diferentes do fado tradicional. Apesar de também refletirem alguma saudade e paixão, tornam-se melodias mais alegres e cativantes para todas as idades, podendo isto ser o reflexo da sua inspiração nas músicas do mundo, abrindo assim horizontes e conferindo um novo ritmo ao fado tradicional. A poesia da fadista encheu o casino e cheia ficou também a alma daqueles que a ouviram.


Fado. Já tínhamos falado sobre ele, mas não lhe tínhamos dado o destaque merecido… e ele merece. Merece porque faz parte de nós, portugueses. Merece porque foi e continua a ser Património Cultural Imaterial da Humanidade. Merece porque é nosso. 



Porque Fado é Saudade e este projeto, que foi um desafio enorme, chega agora ao fim. Resta a Saudade. Obrigada por terem estado desse lado, por nos terem acompanhado. Por refletirem connosco, pelas partilhas, pelas palavras de apoio. Que a música faça sempre parte dos vossos dias mais felizes, das noites na discoteca ou dos desgostos de amor. Que a música fale sempre quando as palavras faltam. Que a música vos faça sempre tão felizes como nos faz a nós. 


Beatriz Duarte, Catarina Cascabulho, Inês Ferreira & Inês Mestre

 
 
 

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